Edgar Allan Poe, o escritor inspirado pela vida.

Não é o objetivo desse blog trazer a seus leitores o conteúdo pesado e chato que os demais blogs trazem e sim trazer a vida de um autor de forma leve e principalmente, compreensível.

   Poe nasceu na cidade americana de Boston no ano de 1809, somente com o nome de Edgar Poe, seu pai o abandonou precocemente, tendo ele sido criado pela mãe que se chamava Elizabeth Arnold Hopkins Poe e trabalhava em um teatro.

   Sua mãe vivia uma vida pacata, no seu ofício de teatro representava somente a peça Romeu e Julieta, sendo que Poe foi criado nos teatros, uma vez que quando já caminhava era levado a todas as peças que a mãe reproduzia, podemos concluir que ele sofria de muito tédio.

    Poe foi sempre acostumado a ver sua mãe sofrendo devido à exaustão e à preocupação com as dividas, tanto que, quando sua mãe morreu devido a complicações no parto de sua irmã Rosalie, dizem que Poe ficou horas ao lado do corpo de sua mãe admirando a beleza do cadáver, pois  ele dizia-se tranqüilo em finalmente ver sua mãe descansar, Poe então ficou já com uma visão de que a morte é mais bonita que a vida.

    Após a morte de sua mãe, Poe foi adotado pelo casal Francis e John Allan que lhe atribuíram o sobrenome, Poe então passou a estudar no Reino Unido e voltou para os Estados Unidos somente para estudar na universidade de Virgínia, a qual muito pouco frequentou.

    Poe era acostumado na sua adolescência a se envolver em orgias alcoólicas, o que desde cedo já lhe proporcionou o vício que o mataria anos mais tarde e que o tirou da vida acadêmica.

     Poe decidiu seguir carreira própria e trabalhou em diversos jornais estadunidenses, como nas cidades de Baltimore, Nova York e Filadélfia, escrevendo crônicas e críticas, críticas essas que lhe renderam fama, pois ele tinha um jeito próprio de criticar: acreditava que para um livro tornar-se uma obra não deveria entregar a seus leitores toda a trama real, mas sim, ao poucos, durante a narração escrevendo nas entrelinhas, tinha ele razão, pois esse seu modo crítico e reflexivo da literatura, deu origem a Teoria do Poe.

      Em Baltimore, onde morou e trabalhou por alguns anos, Poe se casou com sua prima mais nova Virgínia de 13 anos, foi um casamento escondido e acreditem esses casamentos com grande diferença de idade entre os cônjuges acontecia.

      Após alguns anos, mais uma tragédia na vida de Poe o faria reavaliar seus conceitos de vida e morte, sua mulher Virgínia morreu, mais uma vez, Poe teve experiências com a morte.

      Daí pra frente, Poe se entregou as desordens da vida, como retrata alguns personagens em seus contos, com vício em ópio (O Gato Preto, Berenice), Poe também era viciado nessas drogas, vivia monótonas noites desgraçado no álcool e na droga de origem britânica. Talvez essa nostalgia que as noites de orgia o propiciavam acabavam por influenciar nas atmosferas dos seus contos extraordinários e aterrorizantes.

       Sobre seu modo de escrever, podemos observar a mente do escritor, uma vez que a maioria dos seus contos começa com uma observação de um personagem distinto, que era entregue às más sortes da vida e acabavam perdendo os seus amores (Berenice), de pessoas que eram normais e acabam por ficar loucas por conta da vida em si e do uso de drogas (O Gato Preto), de pessoas que ao tentar se livrar dos seus medos acabam por criar medos maiores e experiências aterrorizantes (Ligéia) e de casos obscuros inspirados na antiga Paris e na nebulosa Londres, bem como suas área de interior regional (A Queda da Casa de Usher, O Assassinato da Rua Morgue, A Carta Roubada, O Sistema do Doutor Alcatrão e do Professor Pena...)

        Podemos concluir que Edgar Allan Poe foi um homem que teve experiências de vida voltadas ao terror e ao lado negro da vida e teve um contato muito cedo com o conceito de morte. Talvez isso ajudou-o a se tornar um dos autores mais consagrados das histórias de terror, tendo os seus livros na “lista dos cem livros que devem ser lidos por todos”. Poe será sempre lembrado como um mestre do terror, seu legado não morrerá, não enquanto existir pessoas que gostem de se aventurar nas psicoses e nas emoções de uma boa literatura do terror.

Livros do autor que recomendo:

·         Histórias Extraordinárias (coleção com os melhores contos).

·         O Corvo.

·         O Assassinato da Rua Morgue.

GOSTARAM DO POST? TEM ALGUMA DÚVIDA EM RELAÇÃO AO BLOG OU AO POST? TEM ALGUMA CRÍTICA? DEIXE NOS COMENTÁRIOS!!

ATÉ O PRÓXIMO POST!!