A era do capital é o segundo volume da aclamada trilogia do
historiador britânico Eric Hobsbawm, tendo ainda o livro Era dos Extremos sobre
o século XX.
Não é o primeiro livro do Hobsbawm que leio, portanto, não
se trata aqui de um primeiro contato. Uma característica que é notável em todos
os livros que li e acredito que seja algo inerente à sua forma de narrar os
fatos é o escopo. Hobsbawm consegue fazer com primazia aquilo que é totalmente
pertencente à história e que é o dever de todo bom estudante de humanas: a
capacidade de relacionar. O autor estabelece linhas diretas e verídicas entre
fatos que acontecem na Europa e que ecoam no resto do mundo. Essa capacidade de
escopo parece se tornar mais afiada a cada volume da trilogia, o que não quer
dizer que em determinado livro ele se torna mais ou menos crítico.
Tentando fugir um pouco dos elogios (que alguns teimam dizer
em demasia) atribuídos a esse autor (com toda a razão, em minha opinião), ele
ainda não “peca” em ideologia, ou seja, ainda não demonstra um forte
posicionamento marxista, como por exemplo, está presente em A Era dos Extremos.
A posição feita pelo autor se dá fora da obra, na introdução, é lá que
Hobsbawm rebate as críticas de uma forma educada e bem posicionada.
Particularmente, admiro escritores que rebatem a crítica e
assumem o seu modo de escrever e nesse caso, ver os fatos, sem se dobrar as
opiniões diferentes e muitas vezes desnorteadas e também impregnadas de
ideologia. Hobsbawm não esconde apatia em lidar com a história do período,
principalmente com a burguesia capitalista. Também contesta o entendimento
feito pelos críticos de sua obra.
É muito vasta também, a bibliografia no final do livro bem
como as leituras de referência, apesar da maioria dos livros não possuir
tradução para o português. Mantendo a mesma estrutura dos demais volumes, o
livro possui uma rica galeria de imagens dos períodos relatados.
Um dos capítulos que mais demonstram a boa erudição do autor
e que merece ser ressaltado é “As Artes”. Tão importante quanto os fatos
históricos, o autor estabelece conexões diretas entre os fatos e artes como
arquitetura, pintura e música.
Outra característica que eu encontro nos livros do Hobsbawm e que facilitam muito o estudo do livro e do período, é as conclusões. Tanto no final de um capítulo, como no final do prórpio livro, o autor sempre deixa um elo a ser completado e encaixado. O único livro que não possui esse elo e deixa uma sensação de ambiguidade no final do livro é A Era dos Extremos, na própria resenha que fiz desse livro, deixei a frase que conclui ele no final da resenha
Enfim, na conclusão de A Era do Capital, Hobsbawm deixa bem claro as quatro grandes mudanças econômicas e as três grandes mudanças políticas que não de uma forma geral, mas precisa, determinarão os rumos finais do século XIX e o século XX.
Outra característica que eu encontro nos livros do Hobsbawm e que facilitam muito o estudo do livro e do período, é as conclusões. Tanto no final de um capítulo, como no final do prórpio livro, o autor sempre deixa um elo a ser completado e encaixado. O único livro que não possui esse elo e deixa uma sensação de ambiguidade no final do livro é A Era dos Extremos, na própria resenha que fiz desse livro, deixei a frase que conclui ele no final da resenha
Enfim, na conclusão de A Era do Capital, Hobsbawm deixa bem claro as quatro grandes mudanças econômicas e as três grandes mudanças políticas que não de uma forma geral, mas precisa, determinarão os rumos finais do século XIX e o século XX.
Ratifico a minha posição, já exposta na resenha de A Era dos
Extremos. Hobwawm deve ser avaliado pela sua posição e contribuição: historiador
e grande estudioso crítico.
Considero o livro uma leitura necessária a qualquer pessoa
que busque, acima de posições e ideologias, um conhecimento da história do
mundo e uma explicação dos fatos que ainda influenciam a atual sociedade.
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