Oi, pessoal do Blog!
Bom, como prometido, hoje eu vim aqui fazer a
minha resenha sobre o livro O Guarani, de José de Alencar. O livro é
simplesmente sensacional, padrão Senhora, digo Senhora (outro livro de Alencar)
porque quem me acompanha no Blog sabe que eu gostei muito, muito mesmo do livro
Senhora, inclusive foi a minha primeira ressaca literária, ou seja, se está no
padrão Senhora, o livro é bom mesmo. Sem dizer que O Guarani faz uma competição
acirrada com Senhora, muito bom mesmo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZKvOMwDaA1rhyZ5IutVBVedp84bfNYWAtNlMzu70bMrnJdsX-GSyu1-FjJxzEkWbYg6TMWfZTllbvchW1A2RFtv5lKxTkSly08XW2i7WUb7kf56i5BImacnVMvm4nz8qBQZDvDjlnFoXj/s320/Jos%C3%A9+de+Alencar.jpeg)
Integravam a família sua esposa D. Lauriana, a
filha Cecília, seu filho D. Diogo e uma “adotada” chamada Isabel (nessa relação
entre o fidalgo e Isabel tem um segredo que eu não vou contar) e, é claro, como
era de costume, os mancebos que ajudavam na guarnição da casa, das terras e da
família.
A relação era a mais amistosa possível, D.
Antônio de Mariz exercia sobre os seus mancebos um ar superior muito respeitoso
que o colocava acima dos simples serventes, mas sempre em uma relação de
respeito e dignidade, todos o admiravam. Muitas vezes a morada rodeada de
guardas me fez lembra o feudalismo, pois a casa é realmente isolada e os
habitantes sobrevivem de uma economia de subsistência, com exceção das entradas
comandadas por D. Diogo, enfim, todos vivem muito bem, numa relação de extrema
amizade e respeito.
Mas tudo muda com a entrada de dois personagens.
O central, Peri, um índio Goitacá que perde-se de amor pela filha do fidalgo,
Cecília e decide morar junto da família, dedicando um amor sobrenatural à
Cecília e um respeito demasiado à D. Antônio. O segundo é um aventureiro
perdido chamado Loredano (nesse personagem tem um mistério que vocês nem
imaginam), que decide também reunir-se à família e oferecer os seus trabalhos.
O personagem principal é Peri, que como eu disse,
dedica um amor religioso à filha de D. Antônio e sofre com as conspirações de
D. Lauriana para a sua saída da fazenda. O índio é tão apaixonado que ele larga
a sua própria nação para servir à família de Cecília.
Como o livro é um romantismo, tem aquela disputa
entre homens por uma mulher, mas desta vez Alencar escreveu de uma forma
diferente. Há duas competições pela mão de Cecília, uma amigável entre Peri e
um mancebo muito querido por D. Antônio de Mariz, Álvaro e uma não tão amigável
entre Peri e Álvaro, juntamente com Loredano.
Não vou dizer como, mas vou adiantar que a
família trava uma guerra com uma nação de índios canibais, enfrenta uma revolta
interna entre os mancebos e no meio de tudo isso surge uma cena de amor do tipo
Romeu e Julieta.
O livro é grande, mas é uma escrita leve, não sei
se é eu que acostumei com a linguagem do Romantismo, mas nesse livro eu achei
uma linguagem bem leve, usa bem menos gírias que em Iracema, onde o autor
detalhe as cenas com termos indianistas. Nessa obra ele usa bem menos gírias e
usa uma linguagem detalhista, mas um detalhismo agradável, são poucas as vezes
que ele usa aquele detalhismo extenso, usa o necessário.
Nessa obra eu também notei uma semelhança com
Senhora. Os chamados “flashbacks” são muito usados e são usados de uma forma
certa e que não confunde, bem pelo contrário, como no caso do passado de
Loredano, mas esse jogo de “flashback” não tem a mesma estrutura que em Senhora,
onde eram bem organizados, dessa vez eles aparecem no meio do capítulo, mas o
entendimento é garantido. Esse tipo de escrita é muito bem empregado para descrever as cenas atuais ou como se deram as cenas atuais e o passado de alguns personagens.
Gostei muito, recomendo esse clássico da
literatura brasileira, vale muito a pena ler. Senhora e O Guarani são os melhores de Alencar.
Espero que vocês tenham gostado e que tenham tido
vontade ler. Críticas e sugestões deixem nos comentários! Curtam a page e sigam
o Blog!
Até mais!
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