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Economia: Cortes de gastos.

Desde os tempos do Império Romano, os cortes de gastos já existiam e já causavam muita revolta.

Dentre os poderes que compões um governo, seja ele capitalista, socialista ou comunista, há um setor que é indispensável e que nunca passa despercebido pelos governantes: a economia.

Mais a frente do Império Romano, em 1789, os cortes de gastos foram os impulsores da Revolução Francesa e considerado por muitos estudiosos como o “tiro no próprio pé” de Luis XVI, o último rei absolutista. Luis desviou o dinheiro da corte, destinado aos investimentos nacionais para financiar a revolta das Treze Colônias contra a Inglaterra, gerando assim, um enorme corte de gasto, que deixou a população na fome e no frio.

Mais recentemente, a Grécia, integrante da chamada Zona do Euro, pertencente à União Européia, tornou-se incapaz de pagar as próprias dívidas e sofreu com uma grande inflação, seguida de uma onda de desemprego. Como a economia é interligada, logo a Itália e a Espanha também entraram em crise, beirando uma recessão. Coube a economia alemã emprestar a quantia necessária para recuperar a economia dos países em dívidas.

A Alemanha entrou com o capital necessário para a reconstrução, vista positiva por uns, negativa por outros.

Positiva para os governantes, ricos e com garantias asseguradas. Ruim para o povo, pois os mesmo sentiriam na pele e carregariam por um bom tempo o peso de um empréstimo para suprir uma dívida.

Os países endividados já haviam aderido à política de cortes que é cobrada pelo país que deve liberar o crédito e já ameaçava a sociedade de bem estar, mas a Alemanha cobrava mais medidas de austeridade dos países, para aí sim, liberar o capital.

A Alemanha tornou-se a grande salvadora da crise e até hoje libera capital necessário mediante a garantia dos cortes de gastos, pois só assim, haverá a garantia de que os países poderão se recuperar e posteriormente pagar a sua segunda dívida.


Cortes de gastos, o requisito de uns, a ofensa para outros e a salvação para todos.

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