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Resenha: Era dos Extremos, O breve século XX 1917-1991, de Eric Hobsbawm.

Comecei essa leitura no início de Dezembro e entre recaídas  (o livro se torna pesado às vezes, e entusiasmos) terminei a obra com um bom entendimento. Nessa que foi uma das suas consagrações, Eric Hobsbawm nos apresenta o Breve Século XX, com a máxima histórica (e vantagem), de ser escrito por um indivíduo que viveu o mesmo. Eric Hobsbawm detalha os fatos mais importantes, personagens consagrados, teorias econômicas e políticas divergentes de uma forma escopa, com riqueza de análise e profundidade nas suas teorias. Os fatos são analisados a partir da Revolução Bolchevique de 1917 e se encerra com o fim da União Soviética, em 1991. As análises dos fatos são feitas em várias frentes, são analisados não somente de forma política, mas também econômica e os impactos produzidos na sociedade, dando a obra todos os conceitos fundamentais da história. Muitas análises são requintadas por notas de rodapé do próprio autor nos contando da sua vida pessoal no determinado moment...

Pré-resenha: Eric Hobsbawm.

Há alguns meses atrás, escrevi um post sobre um dos meus autores preferidos na temática da história, Eric J. Hobsbawm. Como disse no próprio artigo, o qual eu mesmo avaliei como mal escrito, Eric Hobsbawm nunca seria um post acabado, mas sempre em construção. Quando se admira um determinado autor e quando se sabe os seus prós e contras, ao escrever um post sobre ele, corremos o risco de nos tornarmos imparciais, ideólogos e por vezes citando fatos e fazendo análises que não serão de todo construtiva para o leitor do Blog. Deixando de lado a parte biográfica (a mesma exposta no antigo post) e entrando em um clima de pré-resenha do livro Era dos Extremos, pela primeira vez decidi falar sobre a escrita e a ideologia de Eric Hobsbawm. Frequentemente ouvimos um termo associado à Hobsbawm, Marxismo. Hobsbawm era marxista assumido e foi por muito tempo militante do Partido Comunista, porém, a palavra é usada positiva e negativamente em relação ao autor. Muitos o zeram nas leitura...

Os jovens na segunda metade do século XX.

Os adolescentes foram, desde a Revolução Francesa, uma máquina ideológica. Donos da vivacidade e da força de vontade, em toda a história já derrubaram reis, regimes e impérios coloniais. Se voltando para o nosso vizinho, o século XX, notou-se a importância do movimento jovem na transformação do mundo. A partir de 1950, ocorre o princípio da revolução cultural e social mundial, dessa vez um movimento não totalmente europeu. No final da década de 1980, os estudantes em universidades eram contados aos montes (Hobsbawm, Era dos Extremos, p.290) e são nesses dois fatores que vamos nos concentrar. A revolução jovem alcança o seu auge nas décadas de 60, 70 e 80, inspirado pelo novo ritmo avassalador, o Rock, com os seus pioneiros Janis Joplin e bandas como Rolling Stones levaram os adolescentes a uma onda de abertura ideológica. O homossexualismo veio a público e tornou-se comum em uma sociedade de predominância jovem que não necessitava mais da velha sociedade, que pareceu ruir ...

FELIZ NATAL!

Feliz Natal, leitores do Blog! Só tenho a agradecer a quem curtiu a page no Facebook e a quem acompanha o Blog, recomendando, marcando, compartilhando, enfim. Tudo de bom a todos vocês!

Considerações acerca do Capitalismo através do consumismo no Natal.

Há poucos dias atrás, ao sair do mercado, cheio de sacolas e um pouco atrapalhado, notei que ao lado do supermercado, onde estava uma lata de lixo, lixo oriundo do próprio mercado, estava uma senhora muito debilitada, mal vestida e com a aparência de quem não se alimentou de forma correta, mas que apesar de toda a sua debilidade, ainda tinha forças para catar algum resto ou resquício de comida, papelão ou qualquer outra coisa que lhe renda dinheiro ou mate sua fome por uns instantes. No meio de toda a correria daquele dia, que para mim já estava exaustivo, foi só o tempo de eu entrar no mercado e sair rapidamente, para aquela senhora sumir de repente. Ver tal cena me remeteu a uma realidade dura, muito discutida em plenários e muito discutida em congressos nacionais e internacionais, mas sempre discutidas por engravatados, por pessoas que após o debate, terão comida e terão água gelada, gente que não sente na pele. Foi terrível a sensação que tive ao sair do mercado, cheio...

Plano de leitura #2: História e literatura clássica.

Oi, pessoal! Então, como diz o título da postagem, vamos ver qual serão as próximas leituras e os próximos temas que serão apresentados aqui no Blog. Quem acompanha as resenhas e os temas, já notou que faz um tempo que eu não posto mais resenhas, enfim, isso é porque eu realmente dei um tempo nos livros que eu costumava ler, para dar ênfase a outros dois ou três de temas variados. Um deles, e que deve ser resenhado aos poucos e não de uma vez só, isso é, não necessariamente com o “marcador” resenha, mas sim com temas apresentados no livro, é a Era dos Extremos, de Eric Hobsbawm. Os outros dois são A Era do Capital, que também deverá ser resenhado aos poucos, seguindo os temas que sejam relevantes resenhar ou analisar e o romance O Idiota, de Fiódor Dostoievsky, que acredito que só será resenhado mês que vem, mas enfim, essas são as leituras propostas para as férias. O fato dos livros do Hobsbawm serem resenhados aos poucos, não significa que eu não vá fazer uma resenha...

Por que a Revolução Russa pode ter sido mais importante que a Revolução Francesa?

A Revolução Francesa é conhecida por derrotar os velhos regimes da Europa, iniciada em 1789, a partir de uma revolta popular e um grande levante à Bastilha e posteriormente à Versalhes, recebe o título de fundadora do estado de leis atual ou pelo menos a fornecedora dos seus princípios. O título é valido. Um dos últimos regimes a resistir à ascensão do Liberalismo foi a Rússia, um grande império chefiada por um Czar, que em termos de leis e atitudes se comparava a um rei absolutista, era esse, Nicolau II. A Revolução Francesa nos deu os códigos atuais, a chamada “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” e forneceu ao povo europeu toda a força revolucionária. Estudar o processo revolucionário da França não é o objetivo deste texto. É errôneo afirmar que a Revolução Francesa não é uma das mais importantes revoluções, pois foi a partir dela, que se expandiram os ideais revolucionários e correntes ideológicas de liberdade espantosas, nunca vistas antes, obrigando todos o...