"A convicção de que tudo o que acontece no mundo deve ser compreensível pode levar-nos a interpretar a história por meio de lugares-comuns. Compreender não significa negar nos fatos o chocante, eliminar deles o inaudito, ou, ao explicar fenômenos, utilizar-se de analogias e generalidades que diminuam o impacto da realidade e o choque da experiência. Significa, antes de mais nada, examinar e suportar conscientemente o fardo que o nosso século colocou sobre nós – sem negar sua existência, nem vergar humildemente ao seu peso. Compreender significa, em suma, encarar a realidade sem preconceitos e com atenção, e resistir a ela – qualquer que seja." Hannha Arendt, prefácio à primeira edição de Origens do Totalitarismo É compreensível o impacto que o pensamento de Hannah Arendt causou na sociedade de sua época. Arendt se preocupou em analisar a questão do Antissemitismo (tão presente no seu tempo, s
“(...) o estilo filosófico de Schopenhauer: saber conjugar a profundidade com clareza, a minúcia da observação com a amplitude dos horizontes, o rigor do raciocínio com a vivacidade da exposição, a verve polêmica com a paixão do conhecimento.” Excerto da apresentação de Franco Volpi a segunda edição, de 2005 de Sobre o ofício do escritor , pela Editora Martins Fontes. Sobre o oficio do escritor é um livro que compreende três pequenos textos escritos pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer: “Sobre o ofício do escritor” , “Da leitura e dos livros” e “ Da língua e das palavras” . Este pequeno tratado faz parte das Parerga e Paralipomena, obra publicada em 1851 e que atribuiu ao autor o começo do seu êxito literário. Com uma crítica aguçada, uma clareza de estilo e certo tom de humor, que lhe conotam distinção dos idealistas da época, Schopenhauer constrói ao longo da narrativa muito mais além do que um guia para bons escr